quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Padagogia Comeniana

Comenius foi o criador da Didática Moderna e um dos maiores educadores do século XVII; já no século 17, ele concebeu uma teoria humanista e espiritualista da formação do homem que resultou em propostas pedagógicas hoje consagradas ou tidas como muito avançadas. Entre essas idéias estavam : o respeito ao estágio de desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem, a construção do conhecimento através da experiência, da observação e da ação e uma educação sem punição mas com diálogo, exemplo e ambiente adequado. Comenius pregava ainda a necessidade da interdisciplinaridade, da afetividade do educador e de um ambiente escolar arejado, bonito, com espaço livre e ecológico. Estão ainda entre as ações propostas pelo educador checo: coerência de propósitos educacionais entre família e escola, desenvolvimento do raciocínio lógico e do espírito científico e a formação do homem religioso, social, político, racional, afetivo e moral.

Comenius aponta como necessária a constante busca do desenvolvimento do indivíduo e do grupo, pois um melhor conhecimento de si mesmo e uma melhor capacidade de autocrítica levam a uma melhor vida social, assim como deve haver a solidez moral que pode ser conseguida por meio da educação. Para ele, didática é ao mesmo tempo processo e tratado. É tanto o ato de ensinar como a arte de ensinar.

A arte de ensinar é sublime pois destina-se a formar o homem, é uma ação do professor no aluno, tornando-o diferente do que era antes. Ensinar pressupõe conteúdo a ser transmitido, e eles são postos pela própria natureza: são a instrução, a moral e a religião. O conhecimento que temos da natureza serve de modelo para a exploração e conhecimento de nós próprios. Mas não é a natureza "natural" o exemplo a ser imitado, mas a natureza "social". Sua proposta pedagógica dirige-se sobretudo à razão humana, convocando-a a assumir uma atitude de pesquisa diante do universo e de visão integrada das coisas. Pretendia que o homem deve ser educado com vistas à eternidade, pois, sendo Espírito imortal, sua educação deveria transcender a mera realização terrena.

Salientava a importância da educação formal de crianças pequenas e preconizou a criação de escolas maternais por toda parte, pois deste modo as crianças teriam oportunidades de adquirir desde cedo as noções elementares das ciências que estudariam mais tarde.

Comenius defendia a idéia de que a aprendizagem se iniciava pelos sentidos pois as impressões sensoriais obtidas através da experiência com objetos seriam internalizadas e, mais tarde, interpretadas pela razão. Seu método didático constituiu-se basicamente de três elementos: compreensão, retenção e práticas. Através delas se pode chegar a três qualidades fundamentais: erudição, virtude e religião, a quais correspondem três faculdades que é preciso adquirir: intelecto, vontade e memória.

  • tudo o que se deve saber deve ser ensinado;
  • qualquer coisa que se ensine deverá ser ensinada em sua aplicação prática, no seu uso definido;
  • deve ensinar-se de maneira direta e clara;
  • ensinar a verdadeira natureza das coisas, partindo de suas causas;
  • explicar primeiro os princípios gerais;
  • ensinar as coisas em seu devido tempo;
  • não abandonar nenhum assunto até sua perfeita compreensão;
  • dar a devida importância às diferenças que existem entre as coisas.




quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Carl Rogers


“Por aprendizagem significativa entendo uma aprendizagem que é mais do que uma acumulação de fatos. É uma aprendizagem que provoca uma modificação, quer seja no comportamento do indivíduo, na orientação futura que escolhe ou nas suas atitudes e personalidade. É uma aprendizagem penetrante, que não se limita a um aumento de conhecimentos, mas que penetra profundamente todas as parcelas da sua existência".

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A teoria do desevolvimento cognitivo de Piaget

Piaget foi biólogo e dedicou sua vida a observar o processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano, particularmente a criança. Revolucionou o pensamento predominante na época (assumia-se que as crianças pensavam e raciocinavam da mesma maneira que os adultos e qualquer diferença entre os processos cognitivos dos mesmos era, sobretudo, de grau) e criou um campo de investigação que denominou de epistemologia genética. Isto é, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança.
A teoria de Piaget do desenvolvimento cognitivo é uma teoria de etapas, onde o intelecto é formado por esquemas capacitados a evoluir e se tornar progressivamente mais complexos. Além disso, pressupõe que os seres humanos passam por uma série de mudanças ordenadas e previsíveis. Para o cientista suíço, os estágios e períodos do desenvolvimento caracterizam as diferentes maneiras do indivíduo interagir com a realidade. Esses estágios evoluem como um espiral, de modo que cada um engloba o anterior e o amplia além de se apresentarem em uma seqüência constante. São eles:

1º: Estágio sensório-motor (0 a 2 anos);
2º: Estágio pré-operacional (2 a 7 anos);
3º: Estágio das operações concretas (7 aos 11 ou 12 anos);
4º: Estágio das operações formais (12 em diante).

A partir disso, Piaget considera que a educação deve possibilitar à criança um desenvolvimento amplo e dinâmico desde o período sensório - motor até o operatório abstrato. Assim, a teoria piagetiana oferece ao educador uma atitude de respeito às condições intelectuais do educando e um modo de interpretar suas condutas verbais e não verbais para poder trabalhar melhor com elas.


quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Pedagogia Waldorf

“O que é mais importante para um professor é sua concepção da vida e do mundo. A inspiração que flui no professor de sua concepção interior e a cada nova experiência, é carregada além na constituição anímica da criança a ele confiada.” Rudolf Steiner

A Pedagogia Waldorf, criada em 1919 na Alemanha, está presente no mundo inteiro. Uma das principais características da Pedagogia Waldorf é o seu embasamento na concepção de desenvolvimento do ser humano introduzida por Rudolf Steiner, orientadada a partir de pontos de vista antropológico, pedagógico, curricular e administrativo fundamentados na Antroposofia. Nela o ser humano é apreendido em seu aspecto físico, anímico (psico-emocional) e espiritual, de acordo com as características de cada um e da sua faixa etária, buscando-se uma perfeita integração do corpo, da alma e do espírito, ou seja, entre o pensar, o sentir e querer.

O ensino teórico é sempre acompanhado pelo prático, com grande enfoque nas atividades corpóreas (ação), artísticas e artesanais, de acordo com a idade dos estudantes; o cultivo das atividades do pensar, inicia-se com o exercício da imaginação, do conhecimento dos contos, lendas e mitos, até gradativamente atingir-se o desenvolvimento do pensamento mais abstrato, teórico e rigorosamente formal, mais ou menos na época de ensino médio. Essa não exigência de atividades que necessitam de um pensar abstrato muito cedo é também um dos grandes diferenciais em relação à outros métodos de ensino.

Nessa concepção predomina o exercício e desenvolvimento de habilidades e não do mero acúmulo de informações, cultivando a ciência, a arte e os valores morais e espirituais necessárias ao ser humano.

PAI DA DIDÁTICA MODERNA


O OBJETIVO DA EDUCAÇÃO COMENIANA ERA FORMAR UM BOM CRISTÃO, O QUE DEVERIA SER SÁBIO NOS PENSAMENTOS, DOTADOS DE VERDADEIRA FÉ EM DEUS E CAPAZ DE PRATICAR AÇÕES VIRTUOSAS, ESTENDENDO-SE A TODOS: OS RICOS, OS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA, OS POBRES, AS MULHERES.
PARA COMENIUS, NEGAR OPORTUNIDADES EDUCACIONAIS ERA ANTES OFENDER A DEUS DO QUE AOS HOMENS.

Emília Ferreiro

"O aluno que tivera chance de ouvir o professor lendo em voz alta presenciará um ato quase mágico"

Os anos 70, ela revolucionou a alfabetização ao explicar como as crianças aprendem. Passou a defender a utilização de textos variados, em substituição às cartilhas. Após a polêmica inicial, suas teses se tornaram referência internacional. A fama não a desviou, no entanto, da preocupação em desvendar o processo de aquisição da leitura e da escrita. Aos 64 anos, Emilia Ferreiro agora avalia a interferência das inovações trazidas pela internet. "Todo profissional deve querer saber sempre mais", ensina. "Se não há inquietude, repetimos coisas que podem estar ultrapassadas." Em abril, a psicolingüista argentina (que vive no México) passou pelo Brasil e concedeu a seguinte entrevista a NOVA ESCOLA.

NOVA ESCOLA> No livro Cultura Escrita e Educação, a senhora afirma que adora pesquisar e descobrir que entendeu algo que a intrigava. O que a deixa intrigada atualmente?

Emilia Ferreiro< Continuo tentando compreender melhor o funcionamento dos sistemas e das tecnologias de escrita. Indagações surgem a respeito dos modos de comunicação e estilos que estão sendo criados. Um exemplo é o chat, que parece um intercâmbio informal, cara a cara, só que por texto. Outro é o e-mail, que não é uma carta em papel nem um telegrama. Essas novas formas de diálogo possuem propriedades que não conhecemos. São temas a ser pesquisados, assim como a interface entre a aquisição da escrita com letras e com números...

NE> Como isso se dá?

Emilia< As duas são ensinadas simultaneamente porque a escola e o ambiente pedem. Já conhecemos bastante o sistema de aquisição da leitura com letras e a maneira de escrever números em situações vinculadas a representações de quantidade. Quero averiguar como se descobre quando usar um ou outro. Quando escrevo casa, leio casa e posso traduzir para house, se souber inglês. No entanto, se escrevo 5, posso ler cinco ou five. Nesse caso não está escrito o nome do número mas o sentido que ele passa. E esse sentido pode ser passado em qualquer língua. Não posso redigir a palavra casa com números, mas a palavra cinco posso escrever também com um algarismo. É interessante ver como crianças muito pequenas, de 4 ou 5 anos, lidam com isso.

NE> O professor deve tentar desvendar problemas em seu dia-a-dia?

Emilia< Não. O ofício do pesquisador e o do professor são distintos. Digo isso porque exerço os dois. Quando estou ensinando, minha atitude sobre os problemas é diferente da que tenho quando estou pesquisando. É importante ensinar os alunos a pesquisar, mas isso é parte de meu trabalho de professora.

NE> Mas não é também papel do docente buscar novos conhecimentos?

Emilia< Com certeza. Só que isso é diferente de pesquisar. Querer saber sempre mais deve ser próprio de qualquer profissional. Um médico também tem de se atualizar e não se contentar com o que aprendeu na universidade. Se não há uma certa inquietude em continuar descobrindo coisas novas terminamos repetindo as antigas — e o que era válido há vinte anos não continua necessariamente bom hoje.

NE> O significado de saber ler e escrever também muda com o tempo?

Emilia< Usamos esses mesmos verbos na Grécia clássica, na Idade Média, na revolução industrial ou na era da internet. Por isso, temos a impressão de que designam a mesma coisa. O real significado, no entanto, vem se modificando. Ambos têm a ver com marcas visuais, mas o que se espera do leitor é determinado socialmente, numa certa época ou cultura. Na Antigüidade clássica não se esperava o mesmo que no século XVIII, nem o que se espera agora. "Certa vez um editor brasileiro me acusou de arruinar o negócio de cartilhas, e parece que ele tinha razão. Se tenho relação com a queda na produção desses livros estou muito orgulhosa"

NE> O que determina a eficiência de um leitor na era da internet?

Emilia< O trabalho na internet exige rapidez na leitura e muita seletividade, porque não se pode ler tudo o que está na tela. E a capacidade de selecionar não é algo que, há alguns anos, fosse uma exigência importante na formação do leitor. No contexto escolar, não tinha lugar preponderante mesmo. Na rede mundial de computadores, as páginas estão cheias de coisas que não têm relação com o que procuro e existe a possibilidade de um texto me conduzir a outros por meio de um click. Além disso, quando tenho um livro em mãos e o abro em qualquer página, sei claramente se é o começo, o meio ou o fim. Quando abro uma página na internet nem sempre tenho noção de onde estou.

NE> Mas os jovens têm facilidade para se adaptar a essas mudanças...

Emilia<
Eles aprenderam a usar a internet sozinhos e rapidamente, sem instrução escolar nem paraescolar. Eles conhecem essa tecnologia melhor que os adultos — os alunos sabem mais do que seus mestres. Essa é uma situação de grande potencial educativo, porque o professor pode dizer: "Sobre isso eu não sei nada. Você me ensina?" A possibilidade de uma relação educativa realmente dialógica é fantástica. Mas o docente não está acostumado a fazer isso e, num primeiro momento, fica com muito medo de não poder ensinar. Em casa, ele recorre aos filhos. No espaço público, na escola, ele tem mais dificuldades.

NE> Além da questão tecnológica, existe a da língua. A senhora acha que quem não souber inglês será um analfabeto nesta era da internet?

Emilia<
É preciso aprender o inglês, sem dúvida, mas não só esse idioma. Nestes tempos de globalização, vemos ao mesmo tempo um movimento de homogeneização (de um lado) e grupos que manifestam um desejo de manter a própria identidade (de outro). As duas coisas estão funcionando simultaneamente. No início da internet tínhamos a impressão de que ela seria uma das tantas maneiras de converter o inglês na única língua de comunicação. Hoje a situação mudou bastante. Há cada vez mais uma diversidade de idiomas na rede. Temos duas direções a seguir: consultar somente sites na nossa língua ou tomar consciência de que a rede nos dá acesso, por exemplo, a jornais escritos em países distintos — e procurar entendê-los.

NE> Voltando à alfabetização, o livro Psicogênese da Língua Escrita foi lançado no Brasil em 1985 e causou uma revolução. Como a senhora avalia a repercussão da teoria ali contida?

Emilia< As mudanças educativas são lentas. É muito fácil transformar uma escola pequena, privada, que tenha desejo de evolução. Mas num sistema educativo municipal ou estadual é mais difícil. Tendo em conta a complexidade da realidade brasileira e levando em consideração que a difusão da teoria não foi similar em todas as regiões, eu diria que já aconteceram muitas coisas por aqui.

NE> Quais as mais significativas?

Emilia<
No Brasil havia uma espécie de obsessão em montar turmas homogêneas. Tenho a impressão de que esse não é mais um problema. E se isso realmente aconteceu, é um grande avanço. A homogeneidade é um mito que nunca se alcança. Eu posso aplicar uma prova, dizer que vinte estudantes são iguaizinhos e colocá-los todos juntos para trabalhar. Daqui a uma semana eles não serão mais iguais, porque os ritmos de desenvolvimento são muito variados. Uma coisa são os ritmos individuais, outra, as etapas de desenvolvimento.

NE> Com relação às etapas de desenvolvimento, você crê que sua importância já foi assimilada?

Emilia< Num primeiro momento, houve apenas a troca de rótulos. Os fracos passaram a ser chamados de pré-silábicos. Os que estavam no meio do processo eram os silábicos e os que eram fortes foram classificados como alfabéticos. Alguns anos depois ficou mais claro que os rótulos novos permitiam ver de outra maneira o progresso das crianças, mostravam que elas estavam aprendendo. É desesperador estar diante de um aluno e dizer "ele não sabe", "ele ainda não sabe". Quando se pode visualizar as mudanças como um progresso na aprendizagem, tudo muda. Primeiro porque o esforço de aprender é reconhecido; segundo porque há a satisfação de ver avanços onde antes não se enxergava nada. "As crianças têm o mau costume de não pedir permissão para começar a aprender"

NE> Ainda hoje chegam cartas à redação de NOVA ESCOLA perguntando qual a idade ideal para iniciar a alfabetização...

Emilia< Constatei que, atuando de forma inteligente, pode-se alfabetizar aos 5 anos, aos 6 ou aos 7. É preciso oferecer oportunidade para os menores. Alguns vão aprender muito, outros nem tanto. A idéia de que eu, adulto, determino a idade com que alguém vai aprender a escrever é parte da onipotência do sistema escolar que decide em que dia e a que horas algo vai começar. Isso não existe. As crianças têm o mau costume de não pedir permissão para começar a aprender.

NE> O que um alfabetizador não pode deixar de fazer em classe?

Emilia< Ler em voz alta. Especialmente se as turmas forem pobres, vindas de lugares em que há poucas pessoas letradas. Essa poderá ser a primeira vez que ela passa por uma experiência assim. O texto, no entanto, tem de ser bom e lido com convencimento. Esse aluno de 6 ou 7 anos vai presenciar um ato quase mágico. Vai escutar um idioma conhecido e ao mesmo tempo desconhecido, porque a língua, quando escrita, é diferente. Essa maneira de trabalhar é muito melhor do que usar as cartilhas e as famílias silábicas.

NE> As cartilhas, aliás, já não são usadas como antigamente.

Emilia< Certa vez um editor brasileiro me acusou de estar arruinando o negócio de cartilhas, e parece que ele tinha razão. Se tenho mesmo relação com a queda na produção desses livros, estou muito orgulhosa. Eles eram de péssima qualidade, horríveis, assustadores. Eram pura bobagem. Apesar disso, há vinte anos parecia um sacrilégio, no Brasil, dizer que a família silábica não era a melhor maneira de trabalhar. Tenho a impressão de que isso mudou e de que esse é um caminho sem volta. Para ensinar a ler e escrever é necessário utilizar diferentes materiais. Um livro só não basta. É preciso utilizar livro, revista, jornal, calendário, agenda, caderno, um conjunto de superfícies sobre as quais se escreve. A maneira como um jornal é redigido não é a mesma que se encontra num livro de Geografia ou História.

NE> Como deve agir o professor em áreas rurais, onde o contato com a língua escrita é muito menor?

Emilia<
Ele não pode desperdiçar nem um minuto do tempo em que sua turma está na escola, porque cada minuto é muito precioso. Terminado o período da aula, o contato com a escrita quase desaparece, sobretudo se for numa região em que não haja maquinários sofisticados, que exigem a leitura de manuais, ou onde materiais impressos praticamente não existam.

NE> Como a senhora avalia a alfabetização na América Latina?

Emilia< A América Latina está conseguindo levar praticamente todas as crianças para a escola, mas nem todas continuam estudando nem aprendem algo que justifique sua permanência ali.

NE> Ou seja, ainda há o risco de o continente continuar formando analfabetos funcionais.

Emilia> Esse problema ocorre no mundo inteiro, ainda que com nomes diferentes. Na França, por exemplo, há uma distinção entre o iletrado e o analfabeto. Este não teve uma escolaridade suficientemente prolongada. O primeiro teve essa oportunidade, mas não pratica nem a leitura nem a escrita. Então, poucos anos mais tarde, lê com dificuldade e evita escrever. Países que já resolveram o problema da escolaridade obrigatória têm iletrados; os que não possibilitaram à população a escolaridade básica têm analfabetos.

NE> O Brasil encontrou o caminho para combater esse problema?

Emilia> No Brasil, aparentemente, está em curso uma mudança sensível em relação à escolarização. Muito mais crianças e jovens em idade escolar estão nas salas de aula. Esse é o primeiro passo. Agora, vem o mais importante: desafio da qualidade, da aprendizagem. Não basta ocupar todas as carteiras. É preciso ensinar.

Froebel: o criador do jardim de infância.

As idéias de atividade, de liberdade, importância do jogo, linguagem como primeira forma de expressão,brinquedos como auto-expressão, desenho, ritmo e atividades em maturação. Sua teoria estendeu até os dias atuais, mas, por ter idéias revolucionárias para a época, Froebel não chegou a ver a realização do jardim de infância.
Para nós algumas das idéias de Froebel são essenciais para o desenvolvimento integral das crianças, como é o caso das excursões frequentes, aulas ao ar livre (interagindo com a natureza) e utilização de brinquedos pedagógicos, entretanto há algumas posições que não concordamos como lidar com a criança como se fosse uma "planta", na verdade acreditamos que o ser-humano é muito mais complexo.

Aline, Bárbara e Lídia.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Maria Montessori

Maria Montessori foi a primeira mulher a se formar em medicina, curso considerado para homens na época. Formou-se também em Pedagogia, Antropologia e Psicologia.

Seu método é escolanovista, acredita na capacidade pessoal de cada um, deposita confiança no aluno e deixa que ele descubra/aprenda sozinho, com suas próprias experiências pessoais e aquelas adquiridas em sala/conjunto. Propõe a desenvolver a totalidade da personalidade da criança e não somente suas capacidades intelectuais. Preocupa-se também com as capacidades de iniciativa, de deliberação e de escolhas independentes e os componentes emocionais.

Criou vários materiais didáticos, dentre eles destaca-se o Material das Contas - mais conhecido como Material Dourado - Esses tem papel preponderante no seu trabalho educativo pois pressupõe a compreensão das coisas a partir delas mesmas, tendo como função a estimular e desenvolver a criança, um impulso interior que se manifesta no trabalho espontâneo do intelecto.